quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Janaína, Primeiro grande amor.

Nós nos conhecemos nos ensaios para as festas juninas. Ela estava ensaiando para dançar quadrilha pela primeira vez. Eu ainda não fazia parte do grupo. E nem tinha noção que iria rolar um sentimento tão forte quanto o que rolou! Eu fui assistir o ensaio por outra menina a qual eu gostava naquela época. Essa menina também não fazia parte do grupo. Assim que ela entrou, eu logo me ofereci para dançar também. Como conhecia o responsável, eu pediria para ele me por como par dela e assim fiz. Essa menina de quem eu gostava já tinha na mente dela que éramos só amigos. Ela nem desconfiava que eu ainda gostasse dela e que achava que ela estava apenas com medo de se ferir, pois eu mesmo sendo muito tímido, tinha um conceito grande com todos os meus amigos e conhecidos, além de ser mais velho que ela. Eu tinha 17 anos na época e logo faria 18. Essa menina nunca tinha namorado e uma amiga estava jogando-a pra cima de mim por estar afim do meu irmão mais velho.
Com o passar das semanas, eu me aproximei mais de um dos primos da Janaína, o Junior. Ele estudava com um amigo e ficamos muito amigos, pois ele dançava quadrilha conosco. Inevitavelmente, também fiz amizade com a Janaína e a Luana que era irmã do Junior. – grande amigo até hoje – A essa altura eu já estava substituindo o meu irmão e assumi a posição de ultima ponta formando par com minha prima Bianca. Que também veio a ser amiga da Janaína e os primos dela. Os outros membros do grupo já eram conhecidos e amigos de longa data. A Janaína formava par com um amigo apelidado de “Didi”. Eles já tinham marcado de ficar uma vez – isso muito antes dos ensaios – mas tinha dado errado e não chegaram a ficar, só que ela ainda mostrava interesse por ele, e eu vendo isso me ofereci para ajudar – pois ele não queria mais, por achar que ela tinha dado bolo. Além d’ele ter ficado afim da minha prima – Eu nem fazia idéia que me apaixonaria por ela, nem que ela seria meu primeiro amor de verdade! – pois na infância vivemos muitos amores platônicos – Os ensaios continuavam a todo o vapor, e eu comecei a me envolver de um modo que nem acreditei! O quartetozinho que não se desgrudava – minha prima, Didi, Janaína e eu – começamos por brincadeira a falar com nossos colegas que iríamos nos casar no mesmo dia e que todos tinham que estar lá. A festa começou e a turminha mirim dançava primeiro. A Janaína e ostros da turma dos mais velhos, por serem mais novos, interavam o grupo mirim. Eu vendo-a vestida com um vestido lindo de debutante não consegui desviar minha atenção dela. Parecia que um mecanismo começava a funcionar, assim como um trem a vapor que começa a se locomover lentamente! Após ter terminado a apresentação das “crianças” ela veio até onde eu estava conversando com um amigo e pediu para ele chegar um pouco pro lado e se pós entre nós dois. Meu amigo, o Eduardo, não sabia que eu a conhecia e que tínhamos uma intimidade assim. Ele me olhou – meio que admirado e um pouco confuso por ela se por logo no meio de nós dois enquanto estávamos conversando – e saiu de fininho enquanto ela me perguntava o que tinha achado ao vê-la dançando. Em seguida ela pegou em meu rosto com as duas mãos e o virou para onde o primo dela estava beijando uma menina com quem ele estava ficando. Após isso ela olhou em meus olhos e disse que gostaria de estar fazendo o mesmo. Eu fiquei completamente sem ação. Em minha cabeça ela ainda gostava do Didi! Após esse dia, estávamos em frente a casa de um outro amigo em comum, o Giliade. Estávamos ali conversando com ele e os primos dela, o Junior e o Leandro – irmão do Junior. – Nesse momento a menina que me fez entrar no grupo que dançava quadrilha, vinha subindo na rua a caminho da casa dela. Neste mesmo instante o Junior virou pra mim e falou: “La vem a sua amada ali” eu me voltei para ele e disse: “pra quem gosta de criança, é um prato cheio” – eu estava chateado por essa menina não ter me dado bola – No meio do papo, a Janaína vira pra mim e com mais uma indireta – coisa que eu finjo que não percebo, pois achava que as pessoas tinham que ser diretas quanto ao que querem – me disse: “eu não sou assim, já fiquei até com o dudu” – primo da Graziele que fará parte da história – Após esse dia nós estávamos no ensaio que fazíamos no meio da sema – pois a festa rolava as sextas, sábados, e domingos – e como não podia deixar de rolar, sempre tinha a parte da musica lenta. O chapéu era passado por um menino e uma menina ao mesmo tempo. Após uns vinte ou trinta minutos, nós nos encontramos com os chapéus nas mão e não tiramos ninguém para dançar. Movidos por... não sei explicar! Sem falarmos uma só palavra, nos olhamos, sorrimos e colocamos o chapéu um no outro e ficamos dançando até que um casalzinho chato se separou e começaram a passar o chapéu novamente! Foram os dez minutos mais longos de minha vida! Parecia mágico! Meu coração não parava de palpitar e ela transpirava em uma ritmo que se percebia logo que também estava sentindo algo rolando naquele momento. Repetimos o ato, de por o chapéu um no outro quando nos encontrávamos com ele, por mais três vezes. Nunca me esquecerei esse dia! Meu coração guarda cada momento e cada emoção que ele viveu naquele dia...
Tudo parecia como uma cena de filme. O mais romântico que já vi! O meu próprio. Só que as coisas não ficaram nisso! O filme não acabou! Ele teve continuação!!

Com o fim das festa juninas, só me restava ir a casa do primo dela e ficar lá pela área dela para poder vê-la. Como eu tinha voltado a estudar durante essa época. Só me restava os fins de semanas. E como não poderia deixar de ser! Pra dificultar mais as coisas! Eu quase não podia ir lá e fomos nos afastando um pouco. Pois ela morava com os avós e quase sempre ia passar os fins de semana com a mãe dela que morava em Icaraí.
Num fim de semana quando eu estaria trabalhando no (EAC) encontro de adolescente com Cristo. Organizado pela igreja católica daqui de perto da onde eu moro. A mãe dela e o padrasto estaria na casa dos avós dela. No sábado eu ñ pude fugir. Mais no domingo eu estava louco para vê-la e para pedir ela em namoro oficialmente. Fui a casa do avó dela e ficamos conversando lá na rua. Para azar meu, começou a chover! A mãe dela saiu e para a minha surpresa não a pediu para entrar. Apenas nos disse para conversarmos na garagem ao lado da casa. Eu comecei a contar como fui percebendo que estava gostando muito de uma menina, e fazia suspense, pois sabia que ela tava ligada no sentimento que estava rolando. Sabia também que era recíploco. Eu fui falando as características físicas dela como se estivesse falando de outra menina, e nisso deixando ela perceber que era dela que eu estava falando. Mais para me atrapalhar o Junior chegou e não saiu mais dali. Ele sempre teve ciúmes de mim com a Janaína. Acabei indo embora sem dizer a ela com todas as letras que eu a amava. Dia mais que lamentável! Eu queria que as palavras ecoassem no coração dela por toda vida. Mas infelizmente não foi assim!
Na semana seguinte eu me encontrei mais uma vez a sós com ela, um amigo acabou aparacendo sem querer, o Giliade. Parecia não ser o meu dia! Poderia até dizer que era castigo! Eu os chamei para irmos lá na pista para comermos um Hambúrguer. Ambos toparam mas ela tinha que pedir ao avó dela como sempre fazia. Eu combinei com o Gi de ele falar que a mãe dele não havia deixado. Assim iríamos só nós dois. Era o plano perfeito... Só que nesse meio tempo que ela foi pedir ao avó dela, a Graziele apareceu. – nessa época as duas que eram grandes amigas estavam brigadas.– Eu ainda não conhecia a Grazi pessoalmente. Só o Gi que conhecia! Eu não podia pedi-la para ir embora! Eu sabia que a Janaína tava muito chateada com ela por besteiras! Nesse mesmo instante Janaína me chama lá do portão da casa dela e me diz que não ia poder ir. Eu vi o dinheiro na mão dela mas não disse nada. Ela estava com ciúmes por eu estar ali perto do grazi! Eu sempre insisti com ela para que não deixasse uma coisa pequena atrapalhar a amizade das duas. – isso quando ela me contava sobre a grazi – Após esse dia eu fiquei sem vê-la por duas semanas. Eu estava na locadora da mãe do Gi conversando com ele quando ela entrou junto da Grazi e da prima Luana. Como a grazi estava na frente, veio e me cumprimentou com um beijo. Logo após a Grazi veio a Luana e fez o mesmo. Quando achei que a Janaína faria o mesmo, ela veio e apenas disse oi. Aquilo me matou, ela ainda estava chateada por aquele dia! Mesmo fazendo as pazes com a Grazi.

Ela achava – assim como eu – que ficaríamos naquele dia! Após isso as coisas só foram piorando. A Grazi havia feito amizade com a menina que eu gostava inicialmente – chamaremos ela de “S” – e nós nos reuníamos na casa da Grazi. Pois a mãe da Grazi permitia que ficássemos na varanda brincando e conversando. A turma era Grande. A Grazi ficou sabendo pela boca do Junior que eu já havia gostado da “S” e resolveu promover um encontro, o qual ela só veio a me contar na hora em que estávamos na casa dela. Como ela deveria ter pedido a Janaína para ajudar ou algo assim. A Janaína achou que foi a pedido meu! E a chateação que já estava ficando para trás, veio novamente ao coração da Janaína. Após isso nós nos afastamos de vez. Eu não suportava que as pessoas agissem com imaturidade. Em minha cabeça ela estava chateada a toa. Mas ela estava chateada por causa de um sentimento que não saia do coração dela, Ciúmes! Em uma oportunidade onde ela vacilou com o primo dela eu falei para ele falar com ela que ela era assim mesma. Injusta e presa as verdades dela – Isso rendeu a briga que nos afastou até o dia de hoje. – Discutimos feio quando ela veio perguntar o porque de eu ter falado aquilo! Eu a chamei de imatura e ela ficou com muita raiva! Eu também não queria mais saber dela! Eu estava chateado pakas e disse a ela que um dia ela refletiria sobre as atitudes dela e veria o quanto ela errou. – frase que eu falei a segunda pessoa que mais amei. Até mais que a Janaína – Fomos cada um pro seu lado. Eu parei de freqüentar a área onde ela morava e evitava estar onde eu sabia que a encontraria. Mas mesmo assim batíamos de frente de vez em quando em uma piscina que alugavam nos fins de semana. Neste lugar ela mandou várias indiretas, como sempre fazia, na tentativa de voltarmos a nos falar! Eu era duro de coração naquela época. Eu não dava idéia as indiretas dela, mesmo querendo do fundo do coração que ela fosse direta e reconhecesse o quanto errou comigo! E isso ñ era pra jogar na cara dela depois não! Era para ela poder apreender a lidar com o sentimento bobo de se afastar das pessoas e fugir das consequencias de seus atos!
Já iam completar dois anos que não nos víamos quando a Luana me convidou para o aniversário de 15 anos dela. Como não poderia deixar de prestigiá-la – não era pela boca livre não ok pessoal. rsrsr” eu fui com muito gosto. O pensamento estava na Janaína. Saber como ela estava, pois ela estava morando com a mãe, como ela reagiria ao me ver Lá! Meu coração palpitava num ritmo aceleradissimo! Mas acabamos não nos falando. Houve apenas trocas de olhares. Desde aquele dia eu não a vejo mais. Isso já vai fazer 9 anos. Mas com certeza posso dizer-lhes que ela foi uma pessoa a quem amei com toda a intensidade que pude amar.

Janaína, tu és um amor que me ajudou na formação do meu caráter como o homem que sou hoje. Foi pouco o tempo que convivemos, mas foi intenso e verdadeiro. Pena que teve um final não feliz! Mas saiba que te amei com toda simplicidade do meu ser.
Sucesso, saúde e paz onde quer que você esteja...
Ainda te amo muito quanto a pessoa que você é.

By.:ARC

2 comentários:

Lays. disse...

Nossa, que histótia bonitinha. Mas as coisas são assim mesmo nessa idade, os primeiros amores raramente dão certo, mas eles também nem sempre são amores. Eu descobri que meus "amores" antigos não era de verdade quando encontrei meu atual namorado a dois anos e me apaixonei por ele sem nem conhecê-lo direito, movi montanhas pra ficar com ele e aprendi a lidar com o comportamento nerd/bipolar dele. Mudei completamente a pessoa que eu era, crescoi uns dez anos. Ele, como sua Janaina, me ajudou na formação do meu caráter. Talvez um dia eu escreva minha história com ele no blog.

 Ɲΐєlly ∞  disse...

É uma bela história de amor, pena que como na maioria dos casos, não teve um final feliz..

Quando puder passa no meu blog,
tem selo p/vc!! Reflections And Thoughts*